A origem do chá da Ayahuasca

Os primeiros registros históricos da Ayahuasca surgiram entre os séculos XVI e XVII. Na virada do século XIX, o botânico Richard Spruce, que passou 15 anos explorando a Amazônia, participou de uma cerimônia indígena. Os participantes beberam a bebida dominante na trepadeira do Caapi, permitindo que o botânico identificasse a planta. Um de seus principais objetivos trabalhos, em colaboração com Alfred Russel Wallace e Henry Walter Bates, a Amazônia possui 30.000 espécies de plantas. Entre as espécies recentemente descritas estão a Banisteria caapi da família Malpighiaceae foi classificada.

A palavra Ayahuasca tem origem indígena. Aya significa “morto, espírito” e waska significa “cordão, cipó, cipó ou vinho”. Com isso, a frase ” corda dos mortos” ou “vinho dos mortos” seria traduzida para o português.Houve outro. “Soga de los Muertos” é um termo peruano que significa “soga dos mortos”. Além disso, também é conhecido por outros nomes na bacia amazônica. Hoasca, yagé, caapi, mihi, natema, pindé, daime, vegetal, entre outros nomes, é importante lembrar que em casos de novos contatos, cuidar com medicamentos contra-indicados.

O chá de Ayahuasca é composto pelas folhas da árvore Psychotria viridis e do cipó Banisteriopsis caapi (Figura 1), e é preparado por infusão a partir do cozimento da folha do cipó (Figura 2). Seu uso, originalmente, estava disponível apenas para os povos indígenas, mas desde então foi adotado na cultura e na ciência. O Vegetalismo surgiu da Amazônia Ocidental.

Origem do chá da ayahuasca
Folhas- Psychotria viridis, Cipó- Banisteriopsis caapi
chá da ayahuasca
Preparo do chá da ayahuasca

Ashaninka e outras tribos brasileiras (Kaxinawá, Yawanawá, Shawadawá, Shanenawá, Jaminawá, Marubo, Katukina, entre outras) utilizam a ayahuasca em cerimônias tradicionais. Associada à pajelança, na qual o pajé indígena tem um objetivo específico em mente por meio de magia, os povos indígenas conheciam a ayahuasca como nixi pae e kawa, e era usada para tratar muitas doenças. Somos o cipó e a folha a compreensão da medicina indígena na cultura indígena. A ayahuasca foi descoberta por um ser encantado: Yube (uma ” jiboia marrom “). Invocada em rituais, onde era reverenciada e considerada um ser divino pelo povo. Kaxinawá estava aprendendo todas as canções, ou mantras, como ela as chamava quando bebia o chá de “miraço da jiboia encantada”.

A partir do início do ciclo da borracha, em 1930, no Brasil, a ayahuasca passou a ser utilizada em um contexto diferente do xamanismo dos povos indígenas. Isso porque houve um período de urbanização no norte que permitiu a interação entre seringueiros e tribos xamânicas). Raimundo Irineu Serra, ex seringueiro conhecido como “curador” em Rio Branco, capital do Acre, experimentou a bebida oferecida por pessoas que tiveram contato com a vestimenta indígena e, após consumir o chá, teve visões que mudaram seu comportamento e qualidade de vida. Mais tarde, essa prática foi atribuída ao Santo Daime, cujo nome vem da palavra “dar” combinada com o pronome “me”, que significa “dá- me força”, “dá- me luz” e assim por diante e resultando na criação de religiões que utilizava a bebida em rituais ligados a catolicismo, espiritismo, tradições afro-brasileiras e esoterismo.

O fato de as três vertentes principais (Santo Daime, UDV e Barquinha) pertencerem à mesma tradição religiosa não indígena de consumo de ayahuasca no Brasil é de conhecimento geral. Compare e contraste a preparação do chá, a cerimônia e as festas. Regras para participação dos membros em rituais. No entanto, cada um deles possui significativas diferenças de origem religiosa e social, que levaram à formação de discussões sobre os grupos originais.

Inúmeros grupos religiosos que surgiram tiveram influências de religiões africanas, catolicismo e espiritismo, todos ligados ao conhecimento botânico de pajés e povos indígenas, resultando em sincretismo religioso.

O Santo Daime preserva o catolicismo popular, que tem sua origem na sacralidade das festas e danças; suas divindades são Deus, Jesus e Virgem Maria, além de santos católicos e organizações afro-brasileiras. O núcleo canta e dança junto como um grupo.

Alternando com períodos de silêncio e meditação as cerimônias são realizadas em datas predeterminadas para cada grupo, geralmente duas vezes por mês ou em dias santos diferentes de acordo com a seita. Os presentes não têm ritual. Como quiserem, eles podem expressar seus sentimentos naquele dia em particular trabalhando juntos e cantando “Pai Nosso” e “Ave Maria”.

Após a ingestão do chá em cerimônias, ocorrem incorporações de entidades espirituais que expressam os três planos cósmicos: a terra, o mar e o astral. A barquinha simboliza uma a jornada de cada indivíduo durante a jornada de sua vida.

A união vegetal tem forte relação com a filosofia kardecista, cujos princípios são a evolução espiritual e a reencarnação. As figuras de Jesus Cristo e Nossa Senhora de Lourdes ocupam lugar de destaque em toda a igreja influência cristã.

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